COMUNIDADE KOLPING DESENVOLVE PROJETOS HÁ 39 ANOS EM MARACAÍ
A Comunidade Kolping de Maracaí atua há 39 anos na cidade e hoje desenvolve diversos projetos sociais para todas as idades, como bordado, crochê, artesanato, pintura em tecidos, karate, dança, teatro, percussão, violão e alfabetização de adultos.
A origem da Comunidade vem do Padre Adolfo Kolping, que fundou em Colônia, na Alemanha, a “Associação de Jovens Aprendizes”. A partir daí, o movimento se expandiu de forma que quando o fundador morreu, já existiam 418 associações com 24 mil membros. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, jovens imigrantes trouxeram o ideal Kolping à America Latina.
A primeira Comunidade Kolping no Brasil foi fundada em São Paulo em 1923. De acordo com Camila, no início, as Comunidades Kolping brasileiras eram fechadas apenas para alemães e descendentes. Na época do Padre Justino, que veio ao Brasil da Alemanha, foram abertas a toda a comunidade.
Em 1976, ela foi convidada por um tio a ir a um encontro em Assis sobre a Kolping. Foi com o marido, Felipe Misael, e desde então a Comunidade faz parte da vida dela. “Passamos dois dias naquele encontro. Conhecer o padre Justino com aquele ideal, parece que os santos se abraçaram. E todos aqueles jovens unidos por aquele objetivo, aquilo nos inspirou”.
Nos próximos anos, Camila e Felipe fizeram reuniões com grupos de até 80 pessoas, participaram de congressos, e contaram com a participação do Padre Justino por diversas vezes na cidade. “Eram reuniões sempre muito simples, às vezes na praça da igreja, até que enfim fundamos a Comunidade Kolping em Maracaí. O padre Justino veio 13 vezes à cidade, até fundar a comunidade conosco nos três anos entre quando o conheci até quando ele faleceu, em dezembro de 1979”.
A Comunidade Kolping de Maracaí foi fundada em 21 de agosto de 1979 e hoje atende a 200 crianças e adultos. Nestes 39 anos, já teve cursos de cuidador de idosos, auxiliar de enfermagem, manicure, pedreiro, saúde da mulher e datilografia, entre outros. Por muitos anos, a Kolping fez a representação teatral da Via Sacra de Cristo na Semana Santa, teve time de futebol de destaque na região, foi cinco vezes campeã com a criatividade na montagem da quadrilha em festas juninas, teve um coral com 45 pessoas, já ajudou a construir casas, a adquirir e reformar com recursos próprios a própria sede.
Grande parte da renda vinha de roupas que eram compradas da Alemanha e eram vendidas na sede da comunidade. Um dos orgulhos de Camila Misael é ver os ex-alunos da Kolping utilizando o que aprenderam na comunidade para fazer o bem à sociedade. “Tem alunos que passaram aqui que montaram o próprio negócio de lingerie, alguns que foram do time de futebol que hoje são policiais, tem mestre de obras, e muitos outros exemplos que nos orgulham”, comenta.
Para ela, a maior importância é participar e ajudar. “Sempre participamos na igreja, creche, ajudamos a fundar o núcleo da terceira idade, ajudamos o hospital sempre que podemos, e onde tem uma campanha nós estamos ajudando. Para ser um associado da Kolping tem que participar. É um trabalho voluntário e tem que ter amor pelo trabalho”, define Camila.